domingo, 11 de maio de 2008

Dia das mães...


É, não teria dia mais ideal para passar com a sua mãe do que esse, você deve concordar comigo quanto a isso... Um almoço na casa da vó é o de costume, mas tem também os passeios variados que cada um inventa pra tentar passar momentos felizes com sua mãe. Presentes, presentes e mais presentes de variados preços são distribuídos com todo amor e carinho querendo de certa forma comprar um sorriso daquela pessoa que a gente costuma tanto admirar, tem até aquelas pessoas que deixam cada vez mais pra cima da hora e acabam não conseguindo comprar o presente (eu estou nesse grupo) mas na verdade o que vale nem é isso. O amor que parece ser mais intenso em um dia como esse é o real sentido do dia das mães, o amor que move montanhas, que faz com que uma pessoa te carregue 9 meses dentro da barriga, o que faz ela passar noites a fio acordada cuidando de você, que a faz perder compromissos por você estar doente, o amor que nunca vai ser igualado por amor nenhum.

Vocês devem estar pensando que meu dia das mães foi lindo, NÃO, definitivamente não foi. Primeiro porque não passei ele com a minha mãe. É ela inventou de ir viajar com meu pai e me largou (sim, ela largou, não é exagero da minha parte) na casa da minha vó. Ok, eu sou a pessoa mais calma e compreensiva desse mundo, e idiota fiquei pronta desde as 3 da tarde esperando ela chegar para sairmos, pela segunda vez: NÃO, ela não veio, nem as 3, nem as 4, muito menos as 5. Ela chegou por volta das nove e meia da noite, uma hora que tudo já estava fechado e que o mal humor já tinha impossibilitado que eu fizesse daquele dia um dia especial. Entrei no carro em silencio e com um bico do tamanho do mundo, ela cinicamente me pergunta se tudo esta bem, como assim? Tudo esta bem? Claro que não! Como tudo poderia estar bem se eu passei meu dia das mães esperando a pessoa mais importante dele, a minha mãe? Preferi ficar em silencio, a ultima coisa que eu queria era discutir com minha mãe justamente no dia dela. Ela foi conversando com a amiga dela que estava no banco traseiro e fingindo que tudo estava bem, mas tanto eu quanto ela não víamos a hora da Patrícia descer do carro para podermos conversar, a vontade de vê-la perguntando o que eu tinha se misturava com a vontade que eu tinha de permanecer calada depois que ela fizesse a pergunta. Chorei, fui o caminho inteiro chorando, quarenta longos minutos de lagrimas, e no céu nenhuma misera estrela pra me consolar, chorei, chorei e chorei. Patrícia desceu do carro, disse um até mais rápido e eu não a ouvi, quando percebi que tinha falado comigo ela já havia descido do carro, abaixei o vidro e disse um adeus. Fechei o vidro, enxuguei as lagrimas e mantive o olhar fixo em alguma coisa que estava na frente do carro. Como eu imaginava, ela entrou no carro e bateu a porta com aquele ar imponente que ela faz sempre que vai me perguntar porque eu estou brava, o cinto de segurança fez com que a porta continuasse aberta, ela a abriu novamente, colocou o cinto e enfim fechou a porta, achei a cena ridícula, e quase dei risada, mas não podia me desconcentrar. E veio a pergunta: ‘porque você esta brava Mariana?’ (percebe o Mariana? Tentando novamente passar por A que manda na situação, haha), permaneci calada, e fomos caladas até em casa. Desci do carro, peguei minha mochila e desci, fui na frente, não queria estar perto dela. Não trocamos uma palavra sequer no dia das mães. Ela foi se deitar com aquele silencio permanente.

Sim, esse foi meu dia das mães, espero que o de vocês tenha sido melhor (Y)

Lu, brigada pelo template/banner ou seja lá o que for, depois vou pedir pro meu amigo que arruma meu blog colocar ele aqui ok? Gostei muuito! *-*

‘Mas nada vai conseguir mudar o que ficou...’

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