segunda-feira, 18 de fevereiro de 2008

Nem tão perto quanto eu gostaria'

Levantei da cama, os pés doíam por causa das horas dançando de salto, mas agüentaria essa dor pro resto da vida pra passar pelo que passei ontem outra vez, dancei taaaaanto, extravasei toda a minha raiva, minha tristeza, minha alegria, TUDO mesmo, todos os sentimentos que estavam confusos ainda dentro de mim dançaram comigo, sem contar que estava orgulhosa de mim porque havia conseguido lutar com o problema de odiar estar sozinha, teve uma hora que nenhuma das meninas estava dançando, resolvi que ia dançar sozinha mesmo, e num tava nem ai... Mas voltando ao meu dia, fui até o banheiro, me assustei com as olheiras mas não estava nem ai, comecei a me arrumar, fui de ‘papete de Jesuis’ pra escola...
Chego lá, me deparo com o pessoal da minha sala todo pra fora, o que será que tinha acontecido? O horário tinha mudado e eu tinha as duas primeiras aulas vagas, sinal de que eu poderia ter ficado em casa dormindo um pouco mais. Fiquei conversando com os meninos, os retardados estavam contando piadas, ri demais e isso foi mais confortante ainda. Depois disso já sabia que hoje NADA me abalaria...
Na penúltima e ultima aula, ficamos, eu, Mari, cachos e Rê sentados na escada e começamos a conversar sobre tudo que já tínhamos passado, sobre o que tinha mudado em nossas vidas, as pessoas que tinham provado ser como eram, as pessoas especiais que acabamos perdendo por conta de outras, erros que cometemos, erros que cometeríamos outra vez se voltássemos atrás, e conseguimos a chegar a várias conclusões, mas acho eu, que essa pessoa que conseguiu acabar com a amizade de todo mundo, a pessoa que se sente ameaçada pelas pessoas de coração realmente bom e que conseguiu distanciar boa parte das pessoas que realmente valiam a pena ali, essa pessoa sim, só ela vai terminar sozinha, porque a hora que as pessoas cansarem dessas atitudes ridículas e infantis e de tanta fofoca elas vão conseguir enxergar de fora o que realmente ta acontecendo ali dentro, assim como hoje eu consigo enxergar, e me sinto mais aliviada por não fazer parte mais daquilo, eu quero pra mim paz, amizades verdadeiras, tenho muitos problemas pra ter que me preocupar com gente que num se garante, mas enfim, ficamos conversando um bom tempo sobre isso.
E depois ELE* apareceu, e aquela dor no peito de ter que ficar vendo ele de longe me abalou, como sempre me abala, mas as coisas vão mudar, eu acredito que vão.
Meu celular toca, era minha mãe, estava na portaria, havia ido me buscar porque eu tinha psicóloga hoje. Foi tão bom conversar com aquela pessoa mais experiente, contar as coisas que tão acontecendo, os problemas que eu to tendo, sai mais leve do que nunca, e já aguardo ansiosamente segunda que vem;
Vim pra casa, o computador voltou, a net voltou, e graças a Deus ta tudo dando certo até agora, e digo e repito, HOJE NADA VAI ME ABALAR;





O Pato fez uma poesia pra mim e acho que é mais do que merecido eu colocar ela aqui, porque ficou linda e eu realmente gostei MUITO;



Mariana, com a chuva lhe consome a tristeza de bela adormecida,
Um feixe de luz do sol trespassa a janela de seu quarto Enquanto ela adormece,
não percebe que aquela chuva que
Choveu, chovia, não chove mais,
acabara, deixando pra ela
Um presente que a deixará feliz assim que ela despertar,
E quando desperta se enche de alegria, porque seu sol chegou,
E iluminou com um imenso amor e felicidade,
Não só seu rosto, que parecia feliz, mas seu coração
Que naquele momento sentia o verdadeiro significado do sol
Num triste dia de chuva...

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